Mas afinal, o que é transplante de medula óssea?

O transplante de células-tronco e progenitoras hematopoéticas, popularmente conhecido como transplante de medula óssea, é uma modalidade de terapia celular que usa células que têm a capacidade de recuperar toda a nossa produção de sangue, o que inclui células de defesa que podem atacar alguns tipos de câncer, como as leucemias e os linfomas.

É isso mesmo o que você leu! A função de um transplante, principalmente aquele que envolve um doador de medula óssea, pode ser gerar uma produção de células de defesa que não apenas protejam os pacientes, mas que ataquem o câncer. E é isso o que realmente cura
alguns pacientes!

Classificação dos transplantes:

Os transplantes podem ser classificados em duas grandes categorias:

  1. Autólogo: quando o paciente é seu próprio doador.
  2. Alogênico: quando o paciente usa células de outra pessoa doadora para o transplante, que pode ser um familiar ou não.

Quando são utilizadas as próprias células do paciente (autólogo), a função do transplante é basicamente a recuperação da produção de sangue, que é necessária porque as doenças que utilizam este tratamento, para seu controle ou cura, necessitam de doses muito altas de
quimioterapia. Ou seja, o próprio tratamento “machuca” as células-tronco e isso pode fazer com que não haja produção de sangue nunca mais! Qual é o truque que a medicina inventou?

Fazer a quimioterapia em altas doses, terminar de matar o restinho de câncer que está lá (o que faria a doença voltar, mais cedo ou mais tarde…) mas como efeito colateral a medula óssea morre também, então… o transplante veio para plantarmos sangue novo no paciente!

No caso dos transplantes de medula óssea que envolvem um doador (alogênico), os pacientes também precisam tomar quimioterapia antes do transplante. É como se fosse um preparo para o paciente receber as células-tronco, abrir espaço para a medula nova entrar e não deixar o paciente rejeitar as células do doador. A diferença desta categoria em relação ao transplante autólogo, é que além de recuperar a produção de sangue do paciente, o sistema imunológico novo que será gerado ajudará a combater o câncer.

Resumindo

O transplante autólogo, na maioria dos casos, é utilizado para o tratamento de doenças que precisam de doses altas de quimioterapia para controle ou cura, por exemplo, o mieloma múltiplo e os linfomas. O transplante alogênico é utilizado para recuperação da produção de sangue normal, como na anemia aplástica e anemia falciforme, e ainda pode ajudar a produzir células de defesa que combatam o câncer, como nas leucemias e linfomas.

Aqui, tentei trazer uma visão geral e simplificada das modalidades de transplante, mas esse negócio de medicina é complicado… transplante, então, nem se fala… Cada um de nós é único e temos diferenças, mesmo se tivermos a mesma doença. Por isso, procure informação sempre com profissionais competentes.

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